Descrição
“[…] Partilho a minha aventura com as especiarias da Coleção Banquete de Palavras que percorrem e selam o corpo alfabético com o afetado estilete que escritura a carne da palavra existente/insistente.
A concentração sígnica de João Antônio Neto flui da correnteza que ao longo do seu percurso vital ele colecionou: conhecimentos, belezas e proximidade poética com as coisas. A observação demorada, o escrutínio do verbo, a apreciação cuidadosa e amorosa das artes e dos livros deixa entrever que este poeta, este escrevinhador, este desenhista dos termos é um índice que aponta a riqueza que não é mais dele e sim uma riqueza comum a todos. Estamos diante de um escritor que, mais que escrever, descobre a competência das palavras. Tal descoberta revela que o homem é não apenas ele mesmo, mas sua composição é estruturalmente sua representação verbal.
Na Coleção Banquete de Palavras é possível sentir a necessidade de colocar para o leitor aquilo que importa na qualificada escritura de João Antônio Neto ou como ele mesmo assina JAN: a tessitura rara das expressões adequadas.
Afinal o escritor/poeta, devastador/desbastador da coisa pensada e escrita quer criar um desejo > que o leitor atravesse sua interpretação. Quem edifica sistemas de interpretações corporifica possibilidades inaugurais. Aí está o inédito. E ao mesmo tempo construindo o ineditismo, ele desvela o fazer com o outro em uma recepção amorosa.
O tesouro que ora é lançado pode ser lido com sensações que podem fazer vibrar ou voar. JAN é o homem que permite nossos sonhos e nada mais precisa ser, pois já É!” (Marília Beatriz de Figueiredo Leite)
SOBRE O AUTOR:
JOÃO ANTÔNIO NETO – Nascido em 1920, bacharel em Direito pela antiga e renomada Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (Rua do Catete), é desembargador aposentado e também professor titular aposentado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Homem das letras, membro da Academia Mato-grossense de Letras, é hoje referência obrigatória da literatura matogrossense, escritor de vários ensaios (Literatura, Direito, História e Filosofia), que navega pela poesia, com os livros Remanso, lido em vários portos, e Insignificâncias (poesia, arte e filosofia), com o livro de contos Poliedro (referência importante), além das crônicas, algumas ainda inéditas, mas já com Judicatura Amável prestes a sair.
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