Rosemar Eurico Coenga
“Trago, vaidoso, sangue cuiabano em minhas veias. Carrego em mim a nostalgia da infância. Vivi momentos importantes da minha infância à beira do rio Cuiabá, ouvindo histórias do Minhocão do Pari. Pari onde esta história se passa. Este livro é uma declaração de amor à infância, às brincadeiras vividas em cima da árvore, do tempo de caça de marmelada, pitomba, de banhos tomados no rio. Das brincadeiras vividas em cima do pé de tarumã com meus irmãos e primos, observávamos o leito do rio, contorcendo-se em dança fluída, insinuante aos nossos olhos. Era o tempo das enchentes, ora das secas, dos passeios de charrete, do delicioso quebra-torto, do entardecer, das histórias apavorantes à luz da lamparina, do cheiro do tarumã, da dama-da-noite, cheiro gostoso de boas lembranças, do rio outrora brilhante e transparente. Outro dia, com saudade desse tempo, idealizei com a amiga Anna a obra Ikuiapá, na boca do Pari. Esse rio lembrado por mim é carregado de nostalgia, sussurros e mergulho na memória da infância. É bom lembrar as coisas boas que vivemos. O rio segue seu curso, silencioso, mais intenso em minhas reminiscências. Minha lembrança é esta palavra: Obrigado!”
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