Marinaldo Custódio
Nasceu em Santa Albertina (SP), município do Oeste paulista, mas toda a sua vivência de infância e juventude está muito mais ligada a uma cidade vizinha, a pequena Mesópolis, que até fins da década de 70 era ainda distrito de Paranapuã. A rigor, nomes de cidades são importantes enquanto referência, porém ele sempre viveu no campo, pelo menos até meados da década de 70, quando cursou, sem concluir, Filosofia na USP, em São Paulo. Ele é fruto de todo esse “caldo cultural”, entre a vida no campo, a escola rural (para a qual ia a pé com os irmãos, primos e vizinhos), os poucos livros em casa e lendo tudo que lhe caía nas mãos, “até os anúncios fúnebres, tudo, até jornais manchados de sangue” (do açougue) que o pai trazia da vila embrulhando as compras. E também, naturalmente, da sintonia diária com o rádio, o velho AM de ondas médias e curtas, que até hoje é uma de suas maiores referências culturais, um de seus grandes amores não pessoais – os outros são a literatura, a filosofia, a música popular e a cultura popular como um todo.