Lorenzo Falcão
“Nasci inexplicavelmente para ser poeta. Em Niterói. Mas as metáforas do destino fizeram meu verbo aportar em Cuiabá. E já faz tempo isso. Aqui versa a minha poesia entre barrancos, pedras e sombras. Que lugar deliciosamente comum é este cerrado onde as artes da literatura brincam de bicho-papão com a minha imaginação. E que calor danado faz nesta terra onde o tempo é o próprio sinônimo do sol que faz de conta que pede passagem. Com mais de meio século vital, estou maduro suficiente. E todas as alternativas do mundo me levam aos versos que devo compartilhar. Sigo. Aproveito ventos poucos para traçar minha biografia carregada de mormaço. O cerrado é o meu lar e a poesia, o meu mundão sem porteira.” (O autor)