Fábio Guimarães
FÁBIO CÉSAR GUIMARÃES (1953) nasceu em Guiratinga, na região leste matogrossense e se declara ateu convicto. Foi apresentado a Neruda e às obras completas de Cecília Meireles por seu pai, o poeta-escritor-magistrado-mestre João Antônio Neto. A poesia o alimenta desde então. As pessoas o conhecem por sua atuação política na OAB, quando advogado, como professor de Direito Penal na Faculdade de Direito da UFMT – sua paixão –, e como defensor público de segunda instância... E não imaginam que entranhado em seu mais profundo “eu” mora um poeta anárquico, inquieto, irônico, revoltado, romântico e brincalhão – que adora pássaros, aprecia Kafka, García Márquez, Pessoa, Baudelaire, Allan Poe, Nietzche e os modernistas brasileiros da segunda e terceira gerações – Vinicius, Drummond, Oswald de Andrade, além de Leminski, Chacal... Nessas fontes sorveu palavras, poesia e reflexões existenciais. Começou a publicar alguns poemas esparsos no “Sacos & Gatos”, que circulava nos bares do Coxipó, na década de 1980, em Cuiabá, junto com os primos-poetas-artistas Eduardo Ferreira e André Balbino, e ícones como Silva Freire e João Antônio Neto, entre poetas que vivenciavam uma contracultura transgeracional. Desde então engavetou, durante décadas, toda a sua poesia, que agora vem a público e se revela como uma lufada de ar fresco. Maria Teresa Carrión Carracedo