No Instituto de Artes Culinárias Le Cordon Bleu, Biblioteca Nina Horta, na Vila Madalena em São Paulo, Leila Malouf lança o seu livro “A cozinha é minha vida”, em que relata sua vida desde as origens familiares, a história do Buffet que leva seu nome e comemora 30 anos em 2024, além de revelar receitas deliciosas, inclusive do seu especialíssimo banquete árabe – com fotografias de encher os olhos ao longo de suas 280 páginas.

“Talvez por ter sido criada nessa grande cidade, São Paulo é, para mim, uma referência importante. Um lugar que pulsa inovação e conhecimento. Uma grande fonte de aprendizado e, onde, constantemente mergulho em busca de inspiração”, revela Leila, que neste dia 10 de outubro estará compartilhando sua trajetória, conhecimento e realizações com chefs e amigos da maior metrópole brasileira.

O livro, em edição de luxo e fartamente ilustrado, resulta de um projeto da Mercatto Comunicação e Buffet Leila Malouf, contou com a parceria da Entrelinhas Editora e do Senac. Na coordenação geral e direção de fotografia, Adel Malouf Camacho. Os textos foram elaborados por Liliane Coelho e as fotografias estão assinadas por Samuel Afonso Pereira Neto. Os estudos iniciais para projeto gráfico são de Alfredo Darcia.

Publicado pela Entrelinhas Editora, teve a edição e design gráfico de Maria Teresa Carrión Carracedo, arte-finalização e tratamento de imagens de Maike Vanni, e produção gráfica de Ricardo Miguel Carrión Carracedo. O Senac patrocinou a publicação da primeira edição.

 

A apresentação do livro – Vai assinada por uma grande dama da cultura mato-grossense, Maria Lygia de Borges Garcia, que nos conta: “… este precioso livro nos conta a história de uma mulher extraordinária que abriu caminhos que pareciam ser intransitáveis para uma mulher da parte mais central da América do Sul.”

“Ao participar de um banquete realizado por Leila Malouf, percebo que todos os meus sentidos, sempre atentos e exigentes, ficam envolvidos em uma atmosfera de deslumbramento e prazer… Os olhos se fartam de beleza e cores, da decoração do ambiente ao arranjo dos pratos; o cheiro das iguarias e das flores, tudo tátil e perceptível, ao som da melhor música e do vozerio de pessoas felizes e queridas que se reencontram… e a sedução se completa aos paladares mais refinados, que entre a surpresa de uma agradável descoberta ou a saudade de sabores incomparáveis, vive e registra uma experiência única.”

“Parece ser o jeito inimitável de Leila nos receber e criar vivências inesquecíveis. Não me surpreende, portanto, que Leila Malouf tenha sido reconhecida como a “Melhor Banqueteira do Brasil” em 2023, no Prêmio Prazeres da Mesa – considerado o Oscar da Gastronomia Brasileira. No Memorial da América Latina, diante das mais expressivas personalidades da gastronomia no país, Leila Malouf mostra que Mato Grosso também nesse campo se destaca.”

José Wenceslau de Souza Júnior, presidente do Sistema Fecomércio, destaca o rico legado da empreendedora: “Quando talento e paixão se encontram com trabalho e comprometimento, surgem histórias de sucesso que inspiram. É exatamente isso que encontramos na vida e na obra de Leila Malouf, principal referência da gastronomia mato-grossense. Há três décadas, ela comanda o buffet e o grupo que levam seu nome e sua assinatura singular. Sua jornada não apenas influenciou os paladares locais, mas também enriqueceu e elevou nossa culinária a patamares internacionais.”

 

 

 

O livro está dividido em três partes: “Antes de tudo, minha história com a cozinha”, “Receitas: sabores que fazem parte da minha vida” e “Banquetes e festas”. No primeiro capítulo, Leila começa falando sobre as suas raízes libanesas; À frente das panelas: como tudo começou… Fala do desafio de empreender aos 40 anos; em sua receita de sucesso, conta o papel de cada filho na empresa; mostra que receber é uma das grandes alegrias de sua vida e que a inovação é a alma do negócio. Segue falando sobre grandes festas e banquetes e finaliza essa parte com depoimentos de clientes, fornecedores e chefs…

 

No primeiro capítulo do livro, Leila revela: “Sou uma mistura”… “Venho de uma família grande, com fortes e profundas raízes libanesas. Meu pai, Elias Daud Ayoub, nasceu no Líbano e veio para o Brasil em 1914. Como muitos imigrantes, deixou para trás o seu país, trazendo na bagagem a esperança de conquistar uma vida melhor. Foi correndo o mundo como caixeiro viajante, representando os famosos Chapéus Cury, que chegou à capital de Mato Grosso, Cuiabá, em 1946. Aqui, em busca de outros integrantes de sua cultura, foi apresentado aos meus avós Miguel Mansur e Emily e, em seguida, à minha mãe Lourice, com quem se casou pouco tempo depois.”

“Talvez por conhecer a dor de muitas pessoas que viveram uma história marcada pela guerra e por conflitos que as obrigavam a deixar suas casas, faz parte da nossa cultura reconhecer os nossos e buscar as pessoas de mesma origem, ao chegar em qualquer lugar. Mais do que uma forma de pedir ou de oferecer apoio, esse é um movimento natural para nós. Gostamos de estar juntos. De conviver em grandes grupos. De cultivar nossas tradições. De celebrar a vida. De ver nosso povo prosperar.”

 

A segunda parte do livro – é toda dedicada a receitas, sabores que fazem parte de sua vida. Com Entradas, Carnes, Banquete Árabe, Canapés, Rio & Mar, Massas e Sobremesas. Tudo apresentado com grande requinte, em fotos que saltam das páginas e provocam o paladar.

Leila nos conta que, para ela, cozinhar é uma forma de cuidar. “De reunir. De celebrar. De compartilhar saberes. De manter minha família unida. De levar adiante os valores que aprendi em casa e ao longo da vida. Neste livro estão algumas das receitas especiais para mim. Pratos que marcaram minha história, que estiveram presentes nos cardápios dos casamentos dos meus filhos, que abrilhantaram festas inesquecíveis, que seguem sendo servidos, até hoje, na minha casa, nos almoços de domingo. Vários deles foram repaginados. Ganharam novos ingredientes e formas de preparo, porque assim é a vida: está sempre em movimento. E espero seguir com ela, trabalhando com o que amo, por muito tempo ainda.”

 

Raízes libanesas, um tempero de família  –  Leila conta que a sua história com a gastronomia não veio do acaso. Seus avós eram libaneses, e a família do seu esposo, também. “Minha mãe Lourice, herdou esse jeito alegre de estar na cozinha. O gosto por ter uma mesa farta, não só de alimentos, mas de conversas, risadas, trocas e muita convivência. Sempre procurou ter todos que amava ao redor da mesa. Sempre cozinhou de um jeito especial e carinhoso não apenas para nós, mas também para todos que frequentavam a nossa casa. São com ela as primeiras e melhores lembranças de pratos que amo até hoje, como o kibe assado, a esfiha e a conserva de berinjela que, de tão elogiada, se transformou em presente para os amigos.”

“Tivemos a sorte de conviver muito tempo juntas. Como ficou viúva muito cedo, depois que todos os meus irmãos se casaram, ela voltou para Cuiabá e veio morar comigo. Foi ela a primeira pessoa que me inspirou a tomar gosto pela cozinha e a combinar o melhor da culinária árabe aos sabores cuiabanos. Aos poucos, as receitas que aprendeu com minha avó e que preparava para os familiares vindos do Líbano, foram se juntando às receitas típicas de Mato Grosso, como o peixe, a farofa de banana e os doces de frutas caseiras que não podiam faltar como sobremesa.

Nascia ali uma mistura de costumes, de culturas e de sabores que fizeram parte da minha vida e na de meus irmãos Neili, Emili e Michel.”

 

Bem, para conhecer esta história, será preciso devorar o livro! Com primeira edição comemorativa em vias de esgotar logo na saída, foi distribuída a clientes, fornecedores, jornalistas e formadores de opinião. Agora a expectativa é para que seja publicada uma segunda edição comercial, ampliando as possibilidades de circulação da obra.

 

 

 

    Fonte: Assessoria