Descrição
“Com competência analítica o autor procura explorar em profundidade o que Michel de Certeau enunciou em 1974 como operação historiográfica, a partir de um tema central – O Visconde de Porto Seguro, o projeto historiográfico e a invenção de uma narrativa do Brasil colonial no Brasil Império – e de uma questão-problema, qual seja, identificar e analisar os enredos temáticos eleitos por Francisco Adolfo de Varnhagen (o Visconde de Porto Seguro), voltados […] para produzir (de acordo com o autor) a sua interpretação da experiência do passado colonial como a biografia ou semente da nação brasileira.”
(Prof. Dr. Oswaldo Machado Filho, do Programa de Pós-graduação em História/UFMT)
“Neste valioso livro, o leitor entenderá porque é necessário ser historiador apaixonado para fazer história, já que seu autor deixa valiosas pistas relativas ao seu (e nosso) ofício, especialmente voltadas à operação teórico-conceitual e à explicação histórica – problemas que se relacionam, mas não se confundem. Aqui, Renilson trata da compreensão histórica como crítica da crítica documental: ele e seu personagem debruçados – cada um a seu tempo – sobre os vestígios que alicerçam (como desejavam os metódicos…) a escrita da história, assentada na reflexão epistemológica, essa indispensável matéria-prima intangível sem a qual a História resulta pobre. Além disso, evidencia-se a necessidade dos conceitos para a compreensão da história e a operação teórico-conceitual como encadeamento das partes que compõem a intriga, seguindo as instigantes e sempre oportunas reflexões de Paul Veyne. Mais ainda, ressalta a historicidade dos conceitos e problemas e a inutilidade da busca frenética de dados, importando, isto sim, a originalidade da análise, a dimensão ilimitada da dúvida e do problema e, sobretudo, o artesanato do trabalho historiográfico.
Obviamente, cada leitor é senhor de seu juízo, e não se espere que Renilson Rosa Ribeiro tenha construído uma imagem conclusiva de Varnhagen, encerrando-a nas alentadas páginas de seu belo livro. É possível afirmar, entretanto, que compreender Varnhagen, a partir de agora, exige a leitura atenta do trabalho.” (Paulo Celso Miceli, Departamento de História/Unicamp)
SOBRE O AUTOR:
RENILSON ROSA RIBEIRO – Mestre e doutor em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É organizador dos livros O negro em folhas brancas (IFCH/Unicamp, 2003) e Ensino de História: trajetórias em movimento (Ed. da Unemat, 2007) e coautor da obra Tradição e modernidade no cerrado: A cidade de Rondonópolis, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial e a história da sua gente de negócio (Acir, 2010). Atua como pesquisador do Etrúria – Laboratório de Estudos da Memória, Patrimônio e Ensino de História/UFMT.
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