O homem que sujou o céu
A Entrelinhas está lançando O homem que sujou o céu, de Luciano Lacerda, em edição arrojada onde as cores assumem forte simbolismo, “não só pela associação às belíssimas ilustrações do artista plástico Benedito Nunes, mestre em representar o cerrado mato-grossense com pinceladas expressivas, mas por procurar situar o leitor nos diversos momentos, situações e lugares da história no envolvente texto do autor”, opina a editora Maria Teresa Carrión Carracedo, responsável também pelo projeto gráfico da publicação.
No centro da América do Sul, plantas e animais do cerrado correm constante perigo e os homens também são afetados. “Não sem motivo, o livro está sendo lançado na época do ano em que a umidade relativa do ar chega a extremos e o céu fica plúmbeo, travando olhos e gargantas que buscam alívio, mas alcançam apenas uma respiração atormentada. Crianças impacientes e suas mães suportam ‘filas e horas’ em busca de atendimento médico.”
“Na subida para a cidade das montanhas e vales, o menino não cabia em si de contente. Ia sorrindo, cantando e admirando tudo, numa alegria sem tamanho. Distraía-se procurando figuras de animais esculpidas nas pedras, à margem da rodovia.
Quando a gente olha
com os olhos da imaginação,
as imagens começam
a entrar em ação
e as figurinhas vão
aparecendo, iguais àquelas
que as nuvens formam
no céu, quando brincam
com o vento.
Via sapos, via cabeça
de soldado e até um homem
na sua moto, o menino viu…”
Assim começa a história de Luciano Lacerda, no “fim de tarde e a noite sem luar.” Veja como os personagens J. Francisco, o Padrinho, a bruxa das flores e a gata Quitéria são surpreendidos pelo homem que sujou o céu.

Fonte: Assessoria